Outras Igrejas Antigas do Serro




PEQUENAS HISTÓRIAS DA GRANDE COMARCA


Mesmo tendo conservado belos exemplares de templos barrocos, o Serro guarda histórias de antigas igrejas, que não conseguiram chegar até os dias de hoje.

1- IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO - A mais antiga igreja do Serro foi a Matriz de Santo Antônio, primeiro padroeiro do lugar. Afinal, o nome original do Serro, encontrado em documentos, era Arraial do Ribeirão das Minas de Santo Antônio do Bom Retiro do Serro do Frio. Esta primeita igreja era rústica, com cobertura de palha, como todas as primitivas igrejas das regiões de garimpo em Minas. Não há informações exatas sobre onde teria se localizado. Poderia ser no mesmo lugar da atual Matriz ou em algum outro local da região da Praia.

2- ANTIGA IGREJA MATRIZ DA CONCEIÇÃO - Após a Matriz de Santo Antônio, foi construída uma nova Matriz, já de N. Sra. da Conceição, precedida de adro, da qual se tem notícia entre os anos de 1725 e 1737, no mesmo lugar onde se encontra a atual. A Matriz que se vê hoje poderia ser uma nova igreja ou teria sido fruto de sucessivas ampliações desta primeira Matriz da Conceição.

3- IGREJA DA ABADIA - Antes da construção da Igreja do Rosário, existiu na mesma região uma Igreja de N. Sra. da Abadia, sobre a qual se tem poucas informações. Este templo, agora pouco lembrado, acabou dando nome à região em torno dela, ainda hoje reconhecida por muitos como Abadia.

4- IGREJA DA PURIFICAÇÃO - A primeira igreja em madeira e taipa do Serro teria sido a de Nossa Senhora da Purificação, uma das mais bonitas do lugar, consumida pelo tempo e pela negligência dos homens, em 1926. Localizada onde hoje se encontra a Praça Dom Epaminondas, bem no centro da cidade, a sua construção é atribuída a Jacinta de Siqueira, africana da Costa da Mina, falecida em 15/04/1751, que descobriu o primeiro ouro do Serro e enriqueceu mineirando no Córrego dos Quatro Vinténs. O ano presumido de sua conclusão - 1742 - é contestado por alguns autores, que a consideram anterior a 1720. Existem também indicações do ano de 1711 e de 1719 (quando um "mestre do risco" já trabalhava em sua construção). A Igreja possuía obras valiosas de pintura, escultura e arquitetura. Conta-se que os seus restos foram se pulverizando, transferidos para outras igrejas ou vendidos aos poucos para colecionadores, negociantes e interessados. Muitas de suas obras foram transferidas para a capela do colégio velho de N. Sra. da Conceição, também já demolido. Segundo a tradição, as portas teriam parado em Paris. Diz Aluízio Miranda que "o seu lindo e artístico altar de talha está hoje em Diamantina, na capela do Palácio Arquiepiscopal". Outro altar se encontra na capela do Carmo, em Guanhães. Algumas imagens e restos de madeira, se encontram expostos hoje em uma sala especial do Museu dos Otoni.


Foto: Imagem da Praça Dom Epaminondas, por volta de 1910, onde ainda se pode ver a Igreja da Purificação (Fonte: acervo do IPHAN)



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