O Serro mantém um dos calendários de eventos mais
ricos de Minas, durante os 12 meses do ano: atividades culturais, festas
populares e religiosas, feiras de artesanato e de agricultura familiar, comidas típicas, cursos, exposições agropecuárias... A maioria são fruto de tradições centenárias, mostrando até hoje uma autenticidade de
expressão que atrai e comove.
- CALENDÁRIO DE FESTAS E EVENTOS
• Janeiro
• 6 - Festa de Reis (Na cidade, Milho Verde e Córrego da Prata)
• 3ª Semana- Festival de Milho Verde
• Início de janeiro (fim de semana mais próximo do dia 10) . 5 a 7/01/24 - Festa de São Gonçalo, no distrito de São Gonçalo
• 2ª ou 3ª semana de janeiro. 8 a 13/01/24 - Festival de Férias, em São Gonçalo do Rio das Pedras
• 20 - Dia de São Sebastião, na cidade e em Mato Grosso (19, 20 e 21/01/24)
• 29 - Aniversário da Cidade (shows e atividades culturais na cidade, nos dias mais próximos)
. Aniversário de 2014 - 300 anos de criaçao do município
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• Fevereiro
• 10 a 13/02/24 - Carnaval - Data móvel (fev/mar)
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• Março
• 24 a 31/03/24 - Semana Santa- Data móvel (mar/abr)
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• Abril
• Bolerata - Data móvel
• 21- Dia de Tiradentes (Conjuração Mineira)
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• Maio
• 1ª semana - Festa de Santa Cruz
• 1 a 30- Festas do Mês de Maria
• Semana de Museus- Próximo ao dia 18
• Festival do Tira Gosto, no distrito de São Gonçalo - Data móvel
• 19/05/24 - Festa do Divino- Data móvel (mai/jun)
• 30/05/24 - Corpus Christi- Data móvel (mai/jun)
• Bolerata - Data móvel
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• Junho
• 1 a 30 - Festas Juninas
• 5- Semana do Meio Ambiente - Data móvel
• Bolerata - Data móvel
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• Julho
• 6, 7 e 8/07/24 - Festa de N. S. do Rosário - sempre no 1º fim de semana de julho
• Encontro Cultural, no distrito de Milho Verde- 21 a 28/07/24
• 14 a 21/07/24 - Jubileu, no Distrito de Mato Grosso -
• Festa do Rosário, no distrito de Três Barras- 26 a 28/07/24
• Bolerata - Data móvel
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• Agosto
• 15 - Assunção de N. Senhora
• 15 a 22 - Semana do Folclore
• Final de agosto - Festa de N. S. dos Prazeres, padroeira, no distrito de Milho Verde
• 29/08 a 01/09/24 - Festa do Queijo (a partir de 23/08/24, várias atividades culturais)
• Bolerata
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• Setembro
• Bolerata
• Festa do Rosário, no distrito de Milho Verde - Data móvel (fim de set. ou início de out.)
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• Outubro
• Bolerata
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• Novembro
• Festival do Frango Caipira, no distrito de São Gonçalo
• Bolerata
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• Dezembro
• 8 - Festa de N. S. da Conceição (Padroeira)
• 25 - Natal
• 31 - Ano Novo - shows na praça central da cidade e atividades nos distritos de Milho Verde e São Gonçalo
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• E tem ainda:
• Feiras de Artesanato e de Alimentos:
. Na cidade, toda sexta-feira, de 7 às 12h.
. No distrito de São Gonçalo, todo sábado, de 8 às 14h.
. No distrito de Milho Verde, todo sábado e feriados (de 10 às 20h).
. Na Comunidade Quilombola do Ausente, no 3° sábado do mês, de 11 às 16h.
- HISTÓRICO DE FESTAS E EVENTOS
• Festa de Reis
06 de janeiro
• Festa de São Sebastião
20 de janeiro
Festa realizada na Igreja de Santa Rita, integrante do chamado ciclo do verão, sempre atraíu grande devoção do povo, principalmente da zona rural. O soldado e mártir São Sebastião, “protetor contra a peste, a fome e a guerra”, tem sua imagem presente na maioria das casas, seja de fazendeiros, sitiantes ou nos ranchos mais escondidos nas grotas, entre as moitas de café, cana e árvores frutíferas. Quando “Luzia ri, janeiro chora” : quer dizer que, se não há chuvas no dia de Santa Luzia (13 de dezembro), está garantida a chuva em janeiro. O que mais atemoriza é a perspectiva da fome e da seca. E é principalmente nestas horas que o povo das roças e da periferia se volta para São Sebastião. Depois de Nossa Senhora, é uma das devoções mais difundidas no país. A procissão é sempre acompanhada por cavaleiros, policiais e penitentes em promessas, sendo precedida pela novena e pelo mastro.
• Aniversário da cidade
29 de janeiro
Aniversário do município do Serro, na data da criação da então Vila do Príncipe, em 1714. Anualmente, com variações, as festividades se dividem entre as solenidades oficiais e os shows musicais, repiques de sinos, serestas, exposições e outras atividades culturais.
• Carnaval
Fevereiro ou março (data móvel)
A maior festa popular do Brasil também é parte importante do calendário serrano. Os blocos do “Rela”, “Vai Quem Quer”, "Galera da Festa", "Gambá", "Magrellus", "Cirrose" e “Tô Doidão” marcam, há muitos anos, as noites da cidade, com desfiles pelas ruas centrais, seguidos pelos foliões. Há também shows com artistas e grupos musicais. Durante o dia, a festa se transfere para os rios e cachoeiras que rodeiam a cidade ou para os bares mais populares da cidade.
• Semana Santa
Março ou abril (data móvel)
O Serro revive anualmente as celebrações da paixão, morte e ressurreição de Cristo. Os atos de fé e devoção têm início na sexta-feira que antecede a Semana Santa, com a procissão de N. S. das Dores. Seguem-se o “Domingo de Ramos”, a procissão do Depósito, o Lava-Pés, a Via Sacra, a “Sexta-feira Santa”, o “Sábado de Aleluia” e o “Domingo de Páscoa”. Todas as celebrações são acompanhadas por concentrações de fiéis, vigílias e tradicionais encenações ao vivo nas ruas, praças e igrejas, feitas por atores do grupo de teatro Marte. Nas procissões, a presença da população, das Irmandades, banda, coral e visitantes. Na procissão da Ressurreição, as ruas recebem ornamentações artísticas, com tapetes de flores, areia e serragem, enquanto as janelas e sacadas recebem toalhas e vasos decorados. São dez dias de fé e tradição, quando a cidade se abre e se enche para celebrar o seu secular espírito religioso. Por fim, também no Domingo de Páscoa, com pitadas de humor, o cortejo e a "Queima do Judas", o pau-de-sebo e as brincadeiras do quebra-pote.
• Festa de Santa Cruz
Maio (1.ª semana)
De todas as festas, esta é certamente a mais “democrática” de todas. Isto porque não há grandes aglomerações ou preparativos. Em cada local onde haja um cruzeiro, os moradores vizinhos se reúnem para as festividades. É nomeado ou sorteado um festeiro, cobre-se a Santa Cruz com papéis coloridos e bandeirolas (papel de seda ou crepon), providenciam-se os fogos, o levantamento de mastro, as barraquinhas, as fogueiras e os próprios leigos assumem a cerimônia religiosa, com orações e cânticos. Cada lugar realiza a festa num determinado dia da semana, sendo possível participar de várias delas, espalhadas por todo o município, algumas animadas por grupos folclóricos de folia, “Cavalinhos de Jacá” e “Dança do Boi”. Os cruzeiros mais centrais da cidade são os da Pracinha do Cruzeiro (no Gambá), do Morro do Bicentenário, da igreja do Rosário, do Morro do Bota-Vira e o do Morro de Areia.
• Bolerata
De abril a dezembro (data móvel)
Bolerata: a música das sacadas. Uma vez por mês, no período de clima mais seco, acontece a Bolerata na cidade. Veja o calendário de cada ano. A banda de música sai das praças, sobe as escadas dos casarões e ocupa as sacadas, para um concerto à luz da lua, com boleros, MPB, dobrados e músicas da seresta mineira. Aí, os moradores também trocam de lugar e saem das casas para viverem o romantismo da seresta, olhando para as estrelas. Atualmente, o evento conta também com um show de música popular, lançamento de livros e outras atividades culturais.
• Mês de Maria
Maio
As novenas, missas e coroações de maio sempre encheram de festa as casas e igrejas da cidade. As festividades, introduzidas no Brasil por Dom Viçoso, Bispo de Mariana, foram muito difundidas no Serro pelas Irmãs da Congregação das Filhas de São Vicente, que dirigiram na cidade a Santa Casa e o Colégio N. S. da Conceição.
• Festa do Divino
Maio ou junho (data móvel)
Celebrada anualmente, 50 dias depois da Páscoa, em comemoração à descida do Espírito Santo sobre os apóstolos (o Pentecostes), é uma das mais tradicionais festas religiosas de Minas. Acontece sempre na Igreja de Matozinhos, onde existiu uma Irmandade do Divino no séc XVIII, que construíu o templo. Tem interessantes características, pois é acompanhada de um cerimonial profano, ligado aos serviços religiosos. O culto, segundo alguns cronistas, remonta ao ano de 1.300, devendo-se à rainha católica Izabel a sua oficialização na corte portuguesa. Foi ela quem mandou construir um templo ao Espírito Santo, em Alenquer, e instituíu as festas de coroação do Imperador e dos votos ao Divino Espírito Santo, no dia em que a Igreja celebra a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. A festa no Serro é cheia de preparos, com novena, alvoradas com a banda de música, missas solenes, festival de fogos, folias, culminando com o “Império do Divino”, um extenso cortejo que percorre as ruas, com figurantes representando a corte imperial e os dons do Espírito Santo. Juntamente com as cerimônias religiosas, as barraquinhas e as brincadeiras de “quebra-pote” e “pau-de-sebo”. A festa mereceu de Carlos Drummond de Andrade um belíssimo artigo, com o seguinte comentário : “Viva o Imperador do Divino do Serro, de Conceição, de Divinópolis, de Diamantina! Sonho que teima em ser realidade por um dia, com o aval de séculos de tradição”.
• Festa de Corpus Christi
Maio ou junho (data móvel)
É celebrada anualmente pela paróquia e pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, ligando-se, desde os primeiros tempos, à tradição cristã dos mineiros. A festa faz lembrar muitos dos seus celebrantes, entre os quais o Cônego Júlio Gomes de Oliveira, vigário da cidade por quase 30 anos (1963/1990). A comunidade participa, ornamentando suas janelas e sacadas com toalhas, colchas, vasos e confeccionando tapetes nas ruas com areia colorida, serragem, folhas e flores. Festa inaugurada no séc. XIII, por inspiração de Santa Juliana, sua oficialização se deu através da Bula de 1264, do Papa Urbano IV. Nunca teve um regulamento rígido, tendo cada região uma forma típica de festejos. Foi introduzida no Brasil, ainda no séc. XVI. Era uma das mais importantes festas das vilas coloniais de Minas, fazendo parte da agenda oficial da coroa portuguesa e do Senado da Câmara. Existem vários registros históricos da sua realização.
• Festas Juninas (de São João, Santo Antônio e São
Pedro)
Junho
Durante todo o mês, principalmente nos finais de semana, comemoram-se as festas juninas, marcadas por barraquinhas, fogueiras, fogos, pau-de sebo, comidas e bebidas típicas (quentão, canjica, pé-de-moleque...). Permanecem também os folguedos, principalmente as quadrilhas, com suas danças marcantes, sanfonas, músicas e roupas de caipira.
Julho (primeiro fim de semana do mês)
A mais bela festa de religiosidade e cultura popular do Serro se caracteriza pelo sincretismo, pois traz em si elementos de origem africana, indígena e europeia. Logo após o registro dos 500 anos da chegada dos primeiros conquistadores portugueses, ela se reveste de uma significação ainda maior. A escravidão tira a liberdade mas não escraviza a alma, e esta mistura foi uma das formas encontradas para que a cultura negra pudesse sobreviver e se manifestar, adotando a divindade dos brancos. A padroeira dos negros é homenageada com novenas, missas, procissões, fogos, danças e cantos, atraindo peregrinos e visitantes de todo o país e se constituindo na mais expressiva manifestação da tradição e da cultura da região. Estes momentos trazem sempre à lembrança pessoas como Zé Doutor, Argemiro, Zé de Fina, Vicente de Bela, Zé Rabelo, Dona Laura, Efigênio e tantos outros - festeiros, dançantes e fiéis de um passado recente.
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário da Freguesia da Conceição da Vila do Príncipe do Serro do Frio, cujo Compromisso (estatuto) data de 1728, dirige a festa desde a fundação da entidade, havendo registros de celebrações desde 1716. Era uma época fantástica, já embalada pela fartura do ouro e em plena explosão do ciclo do diamante. Os grupos atuais de Catopês (negros), Caboclos (índios) e Marujos (portugueses) dançam e cantam, parte ainda em dialeto africano, com o acompanhamento de alguns instrumentos musicais de fabricação artesanal (flautas, caixas de couro, xique-xiques, reco-recos), durante os três dias da festa, com os trajes típicos do congado. "O ritmo devoto dos grupos, o batido dos tambores e a perfeição da dança, da marcha, do compasso, tudo forma um conjunto de admirável beleza".
O Reinado também desfila pelas ruas da cidade, com pompa e estilo, formado por Rei, Rainha, Juízes, a Caixa de Assovio, mordomos, mucamas, num bonito cortejo. Os vários festeiros oferecem refeições e magníficos doces de fabricação caseira, em suas residências, para todos os participantes e convidados, transformando a festa numa confraternização geral dos fiéis, moradores, visitantes e filhos ausentes da cidade. Muitos serranos também tiram férias durante a Festa do Rosário, principalmente os mais devotos, os humildes e os negros, morem na cidade ou no mais distante rincão do país. Hábito que se renova todos os anos.
A Lenda
Uma história brasileira contada pelos devotos diz que N. Sra. do Rosário apareceu sobre as ondas do mar. Os índios (Caboblos) foram até à praia, dançaram e cantaram, convidando-a para vir até a terra. Ela porém não veio. Depois os portugueses (Marujos) também cantaram e dançaram, mas ela continuou sobre as ondas. Quando os negros (Catopês) fizeram suas homenagens, ela finalmente aceitou vir até à praia e esteve com todos os três grupos. Por isto, os Catopês defilam junto ao Reinado da festa e junto à imagem de N. Senhora.
- Pequeno Guia da Festa do Rosário:
- Sábado
Depois de oito dias de novena, a Caixa de Assovio dá início à cerimônia da Matina em frente à igreja do Rosário, na madrugada de sábado (5h), fazendo a abertura dos três dias principais da Festa. Após as celebrações e a missa, a Caixa de Assovio e um extenso cortejo se dirigem às casas dos Festeiros, para o café da manhã e novas orações. Na noite de sábado, último dia da novena, um cortejo busca na casa do Mordomo a bandeira com a imagem da Virgem e a conduz até a igreja. Após a missa, há o espetáculo de fogos, danças, banda de música e a elevação do Mastro de N. Sª. do Rosário.
- Domingo
Na manhã de domingo, a missa de coroação do Rei e da Rainha do Rosário e as maravilhosas encenações da "Barca" e da "Embaixada", pelos dançantes do congado. No final da tarde, a procissão e a coroação de N. Sª. do Rosário, atualmente na praça João Pinheiro. Durante o domingo e a segunda-feira, o Reinado e os grupos de Congado cruzam a cidade em direção às várias casas dos Festeiros, fazendo evoluções, tocando, cantando e encantando a cidade.
- Segunda-feira
A segunda-feira é dia da posse do novo "Reinado", que reinará até a festa do ano seguinte. Aí se repetem os desfiles nas ruas, em homenagem a Nossa Senhora. Ao fim do dia
acontece a emocionada despedida dos dançantes e fiéis, que renovam os
agradecimentos, os pedidos e as promessas, sempre com a intenção de retornar no
ano seguinte.
• Jubileu de N. Sra. das Dores (Mato
Grosso)
Julho (do 2º ao 3º domingos do mês)
Manifestação de fé e religiosidade, o Jubileu é realizado no distrito de Dep. Augusto Clementino (mais conhecido como Mato Grosso). Fieis, peregrinos e
filhos ausentes retornam ao lugar todos os anos, fazendo da ocasião também um
momento de encontro e confraternização.
• Assunção de N. Senhora / Peregrinação à Pedra
Redonda
15 de agosto
Na cidade, celebrações da Assunção de Nossa Senhora. No
povoado de Pedra Redonda (9 Km do centro da cidade), a população do lugar
realiza tradicional peregrinação à encantadora Pedra (aprox. 1500 m. de
altitude), onde se celebra a data com a reza do terço, ao pé do cruzeiro
local.
• Festa do Queijo
Set/Out/Nov (data móvel)
A Festa do Queijo é a manifestação da cidade em comemoração
ao seu produto mais importante e mais famoso: o tradicional “Queijo do Serro”.
Constam da programação leilões, exposição de animais, torneios leiteiros,
concurso de queijos, rodeios e shows.
• Festa do Rosário (Distrito de Milho
Verde)
Setembro (fim de setembro ou início de outubro)
Festa marcada pela religiosidade e pela apresentação de
grupos de Congado, que dançam e cantam, boa parte ainda em dialeto africano, ao som de
primitivos instrumentos musicais. É a festa mais tradicional do distrito e uma
das mais concorridas do município.
• Festa de N. Sra. da Conceição
08 de dezembro
A Festa da Padroeira da cidade é sempre um momento de celebração para os serranos, com novena,
missas, coroações e procissão. É uma das festas mais tradicionais do
lugar, realizada pelo Senado da Câmara desde os primeiros tempos da Vila do
Príncipe, no séc. XVIII, por ordem do rei de Portugal. Nossa Senhora da
Conceição tornou-se a padroeira da restauração da independência portuguesa em
relação à Espanha, permanecendo com o título até os dias atuais. Em 1640, foi
aclamada “a padroeira principal dos Reinos de Portugal e Algarves e seus
Domínios”, assim deliberado pelas Cortes reunidas em 1645/46, em Lisboa, por
proposta de D. João IV (o Restaurador). A partir daí, as “bandeiras”
brasileiras a tomaram como sua “madrinha”, deram seu nome às primitivas capelas
semeadas pelos sertões mineiros e espalharam pelo país a devoção e a
tradição das festas a ela oferecidas. Por isto, em Minas, Nossa Senhora da
Conceição é padroeira também de várias outras cidades históricas, como Sabará,
Congonhas, Conceição do Mato Dentro, Matias Cardoso, Raposos, Matriz de Antônio Dias (Ouro
Preto), Berilo, Itabira e Catas Altas.
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