Depois de ser indicada pela presidenta Dilma Rousseff e aprovada pelo Senado, a
desembargadora Assusete Dumont Reis Magalhães tomou posse como nova ministra do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), no dia 21/08/12.
Assusete Dumont entrou na lista pela 3ª vez |
Na região do
Serro - Vale do Jequitinhonha - a população acompanhou com expectativa a
indicação da lista tríplice e está orgulhosa pelo reconhecimento da excelência
e da vasta experiência da Desembargadora Assusete. No Serro/MG, sua cidade natal, o
sentimento geral é de que uma amiga foi alçada ao importante posto de ministra
do STJ. Assusete é filha dos comenciantes José Reis Barbosa e Eugênia Dumont Reis (Dona Gininha), já
falecidos, casal que teve muitos filhos, vários residentes na cidade, como José
Reis Jr. (o conhecido Zé Rela), Carmencita, Lindaura e Assunção. E há também os que residem
fora: Norma, Sebastião, Sandra e Marise, além do sempre lembrado e saudoso
Toninho Rela. A família é muito querida na cidade e conhecida pela animação em
torno da Escola de Samba do Rela, tradicional agremiação do carnaval.
Dois outros Juízes concorreram na mesma lista |
SERRO TEM TRADIÇÃO DE MINISTROS
O Serro, uma das cidades tricentenárias de Minas, famosa pelo queijo e por abrigar a nascente do Rio Jequitinhonha, é conhecida também pela tradição em ter Juízes, Desembargadores e Ministros nos tribunais superiores do país. Já teve 3 Ministros do STF: Sayão Lobato (o primeiro presidente do STF), Pedro Lessa (um dos mais celebrados, conhecido por suas contribuições aos institutos do “habeas corpus” e do mandado de segurança) e Edmundo Lins (também presidente da Corte). Um dos filhos da cidade já foi também Desembargador e Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, o Dr. Antônio Honório Pires de Oliveira Jr. E há atualmente, no Tribunal de Justiça de MG, outros quatro Desembargadores serranos: Dr. Armando Freire, Dr. Antônio Generoso, Dra. Beatriz Caires e Dr. Márcio Idalmo Miranda. Quanto ao número de Juízes, há uma grande lista, que a pequena cidade, de 22.000 habitantes, guarda com orgulho.
JUÍZA HÁ 28 ANOS
A mineira Dilma tem ampliado o espaço para as mulheres |
Antes de abraçar a magistratura, Assusete Dumont foi assessora jurídica na Delegacia Regional do Trabalho de Belo Horizonte até 1976, deixando esse emprego para assumir a função de procuradora autárquica do IAPAS, cargo que exerceu até 1982. Entre 1982 e 1984, foi procuradora da República.
7ª MULHER NO STJ
Assusete é casada com Júlio César Magalhães, será a
sétima mulher a ingressar no STJ, onde se reunirá a duas colegas de TRF1:
Eliana Calmon e Isabel Gallotti. Ela ocupará a vaga aberta pela
aposentadoria do ministro Aldir Passarinho Junior. Os nomes selecionados pelo
STJ aguardavam a indicação do Executivo desde setembro de 2011.
Assusete teve o apoio dos conterrâneos e dos parlamentares de Minas |
Moradores e lideranças mineiras se envolveram de corpo e alma em torno da campanha pela indicação da nova integrante do STJ. Da sua cidade, da região e de todo o estado partiram cartas, fax, e-mails e telefonemas, solicitando o apoio de dirigentes políticos, Juízes e Desembargadores, além da Presidenta Dilma
A bancada mineira, formada por 53 deputtados federais e 3 senadores, reuniu-se dia 04 de outubro de 2011, na Câmara dos Deputados, para discutir a defesa da nomeação da Desembargadora para o STJ.
Para os parlamentares, a conquista do cargo pela Desembargadora representa a força da bandeira de Minas Gerais no cenário nacional. O deputado federal Miguel Correa (na foto acima, o último à direita), representante da bancada do PT de Minas, destacou a importância de se ter uma mineira e mulher como indicada e convidou todos os demais parlamentares a assinarem o manifesto de apoio. O convite foi acatado e o documento encaminhado à presidenta Dilma Rousseff.
De acordo com o documento, Minas Gerais vem perdendo espaço político e institucional nos últimos anos, com redução de representantes mineiros nos tribunais superiores. O estado perdeu 06 ministros mineiros que se aposentaram. Entre as últimas nomeações de ministro para o STJ, 07 vagas foram destinadas a São Paulo. Segundo o Deputado Miguel Correa, “a desembargadora federal Assusete integrava a lista tríplice de vaga destinada aos tribunais regionais federais pela terceira vez, o que demonstrava a sua plena aceitação por aquela Corte”.
Assusete foi a primeira mulher a ocupar a presidência do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região - no biênio 2006/2008 - a maior das
regiões da Justiça Federal - passando a integrar o restrito quadro de mulheres à
frente de tribunais do país. Em seu discurso de posse no TRF-1ª Região, a
magistrada chegou a declarar: "É tempo de mudança, é hora de repensar o
Poder Judiciário brasileiro, para que se possa resgatar a sua credibilidade
junto à opinião pública". Sua posse foi das mais concorridas e contou à
época com a presença de figuras de destaque do Judiciário brasileiro e da
política nacional, entre eles o mineiro ilustre e então vice-presidente da
República, José Alencar.
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