Márcio Idalmo tomando posse, assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça de MG, Desembargador Cláudio Costa |
O serrano Márcio Idalmo Santos Miranda é o novo desembargador do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A Corte Superior do
TJMG o promoveu por merecimento, em 30/maio/2012. O magistrado, que atuava na
2ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte, passa a integrar a 9ª
Câmara Cível do TJMG. O novo desembargador foi empossado em 12 de junho, pelo
presidente do TJ, desembargador Cláudio Costa. (foto)
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No ato da posse, recebeu o Colar do Mérito Judiciário, comenda
concedida a todos os magistrados que passam a integrar a Corte de Justiça
Mineira. O desembargador Márcio Idalmo Santos Miranda disse que a promoção é
“sequência natural da carreira e fruto do esforço e do sacrifício no cotidiano
da judicatura”.
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CURRÍCULO
Márcio Idalmo nasceu na cidade do Serro/MG, membro de uma família de 6 filhos
de Márcio Ribeiro de Miranda e de Maria da Conceição Santos Miranda: Márcio Idalmo, Mauro Leandro, Marcos Lenyson, Marisa, Robert e Alessandra. Na sua
terra natal, iniciou os estudos no Grupo Escolar João Nepomuceno Kubitschek –
onde cursou da primeira à quarta série – dando continuidade no Ginásio Ministro
Edmundo Lins, da quinta à oitava série. Menino estudioso e inteligente, desde
cedo demonstrou sua capacidade e uma incontida curiosidade pelo mundo além das
montanhas da cidade.
Márcio Idalmo recebendo a Medalha Teófilo Ottoni, ao lado de Gracíola Simões, Izabel Almeida e de sua mãe, Maria da Conceição |
.Depois, mudou-se para Curvelo, onde concluiu o Segundo Grau de
ensino, no Instituto Santo Antônio, atuando também como serventuário da Justiça.
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Em Belo Horizonte, cursou Direito na Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), formando-se em dezembro de 1985. Sua relação com o mundo
jurídico teve seguimento, no Cartório do 2º
Ofício de Notas de Belo Horizonte. Em seguida, ingressou por concurso no quadro de servidores do
TJMG, onde permaneceu por oito anos e chegou a ocupar o cargo de assessor
jurídico. Foi também servidor, por concurso, do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) de Minas Gerais, no cargo de analista judiciário.
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GERAÇÃO DE JOVENS SERRANOS EM BH
Quando aluno da Faculdade de Direito da UFMG, Márcio fez parte de
uma geração de serranos que estudavam na capital e que se encontravam
periodicamente. Entre outras atividades desta turma jovem, foi ativo participante
na fundação do jornal “GRUPIARA”, juntamente com Soraya Ursine, Edmo Cunha (Binha),
Divino Advíncula,
Antônio Carlos Dumont Reis (Toninho), Antônio de Moura Nunes Neto
(Nunes), Márcia Figueiredo, Salvinho Lages e Heraldo Leite, entre outros, com o
apoio da jornalista Dolores Magalhães Pinto.
O jornal de notícias e literário, que circulou entre os anos de
1982 e 1985, contava também com contribuições e orientação de gente já
conhecida, como o escritor Oswaldo França Júnior, o poeta Adão Ventura, jornalistas como Dirceu Horta e Carlos Herculano, e intelectuais como Feiz
Bahmed e Lilico Aguiar Dumont. Como nos relatos de outros tempos de Humberto
Werneck, este seria o “desatino da rapaziada” dos anos 80, também em torno do
edifício Maleta e da Rua da Bahia, amparado por um grupo de corajosos e experimentados
conterrâneos.
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Esta foi a geração que viveu e vibrou com a abertura política, a
volta da democracia, as eleições livres e as “Diretas Já”. Esta foi a Belo Horizonte
dos jovens amantes da poesia, do jornalismo, da política e da liberdade de
novamente poder se expressar. Foi também o espaço para o desenvolvimento das mentes que,
mais tarde, seriam úteis nas áreas de atuação de cada um. Rapazes e moças “desatinados”,
que brincavam de jornalismo. Os anseios e utopias daqueles tempos, por justiça e democracia, certamente não se
calaram dentro do jovem e promissor estudante Márcio Idalmo.
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JUIZ
DE DIREITO
Márcio Idalmo ingressou na magistratura estadual mineira em 1992,
quando foi designado a servir, como juiz substituto, na comarca de Lagoa Santa.
Em 1993, foi designado como o primeiro juiz - e, assim, responsável pela
instalação e organização dos serviços forenses - da comarca de Vespasiano,
então de entrância inicial.
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Posse do novo Desembargador, ao lado do irmão Mauro Leandro e do presidente do TJ, Des. Cláudio Costa. |
Em promoções por merecimento, também respondeu – já como titular -
pela comarca de Carandaí (antiga entrância intermediária) e pela 1.ª Vara Cível
da comarca de Formiga (antiga entrância final), até atingir, na Capital, a
entrância especial, após 10 anos de trabalho no interior do Estado. Em regime
de substituição, teve ainda atuação nas comarcas de Barbacena (1.ª e 2.ª Varas
Cíveis), Bambuí, Arcos e Iguatama.
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Em Belo Horizonte, antes de responder pela 2ª Vara de Fazenda
Pública Municipal, serviu no Sistema dos Juizados Especiais, exercendo, por
dois mandatos, a função de juiz diretor, e atuando, por três anos, no Juizado
Especial Cível – Unidade UFMG. Integrou, desde 2002, a 7ª Turma Recursal Cível
da Capital, da qual foi Presidente.
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Participou, por três biênios, do Conselho de Supervisão e Gestão
dos Juizados Especiais de Minas Gerais. Foi Juiz Eleitoral em Vespasiano,
Carandaí, Formiga, Iguatama e Belo Horizonte, onde respondeu pela 26.ª Zona
Eleitoral. Toda a vida profissional do novo desembargador foi dedicada ao
Judiciário em Minas Gerais.
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PIONEIRISMO NOS JUIZADOS ESPECIAIS E NA DIGITALIZAÇÃO DOS
PROCESSOS
Márcio Idalmo (1º à esquerda), durante debate com outros juristas. |
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Márcio
Idalmo acreditava que outro grande ganho que o processo digital traria dizia
respeito à segurança: “Sempre temos problemas com o extravio de processos. Isso
traz uma grande dor de cabeça já que muitos documentos que somem são
irrecuperáveis. Com o processo digitalizado esse problema será reduzido a zero”.
O primeiro Juizado Especial Virtual de Minas Gerais funcionou na unidade da Escola
de Direito da UFMG, na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte, no mesmo local
onde ele fez o curso de Direito.
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