Casa de José Elói Otoni (Fotos: Augusto Cunha e Guia do Serro) |
Antigos Moradores
José Elói Otoni
Poeta, político e homem de letras, José Elói nasceu no Serro, em 01/12/1764, primeiro filho do fundidor Manuel Vieira Otoni e da paulista Da. Ana Felizarda Pais Leme. Trabalhou entre o Brasil e a Europa. Foi professor e casou-se em Minas Novas, onde deixou descendência. Ficou famosa sua participação num teatro do Rio de Janeiro em que, na presença de D. João VI, recitou uma poesia denunciando que os brasileiros eram escravos da coroa portuguesa.
Em Lisboa, foi membro de uma Arcádia com os amigos poetas Bocage e Bressane. Fazia parte do grupo de brasileiros que, em Portugal, trabalhavam pela independência de seu país. Em 1821, foi eleito por seus conterrâneos entre os deputados mineiros às Cortes de Lisboa, quando da constitucionalização do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Suas produções principais são: "Memória Sobre o Estado Atual da Capitania de Minas Gerais" (1798), "Poesias Avulsas", "Drama Alusivo ao Caráter e ao Talento de Bocage", "Anália de Josino", além de várias traduções do latim. Foi considerado um dos precursores do Romantismo no Brasil. Morreu em 03/10/1851, no Rio de Janeiro.
Suas produções principais são: "Memória Sobre o Estado Atual da Capitania de Minas Gerais" (1798), "Poesias Avulsas", "Drama Alusivo ao Caráter e ao Talento de Bocage", "Anália de Josino", além de várias traduções do latim. Foi considerado um dos precursores do Romantismo no Brasil. Morreu em 03/10/1851, no Rio de Janeiro.
Os pais: Manuel Vieira Otoni e Ana Felizarda Pais Leme
Manuel Vieira Otoni, brasileiro descendente de genoveses, foi nomeado fundidor da Real Casa de Fundição do Serro antes de 1764. Já chegou à cidade casado com Ana Felizarda Pais Leme, descendente da antiga família de bandeirantes paulistas. Fez parte do grupo de especialistas que se fixaram na Vila do Príncipe para atuarem naquele órgão da Coroa Portuguesa, contribuindo também na importação de técnicas de trabalho com o ouro e outros metais. Participou igualmente no desenvolvimento de novas técnicas de ourivesaria, como nos adornos em "coco e ouro", que nasceram nas oficinas artesanais da vila e passaram a ser exportados para os mais longínquos recantos do país e da Europa. Manuel transformou-se no patriarca da numerosa família dos Otoni, que se destacou na vida econômica e política do Serro, da região norte-nordeste de Minas e do Rio de Janeiro.
- Fotos:
Casa: Augusto Carlos da Cunha Pereira, 2016.
José Elói: Óleo de anônimo, Museu Casa dos Otoni, Serro-MG.
Montagem: Guia do Serro.
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